Você se lembra quais foram suas primeiras referências de aprendizagem sobre sexo e sexualidade? Livros, aulas, diálogos com familiares ou talvez filmes pornográficos? Um estudo de 2018 mostrou que cerca de 22 milhões de brasileiros consomem conteúdo pornográfico, sendo a maioria homens jovens. Esse acesso irrestrito a material adulto, muitas vezes, molda o conhecimento de forma distorcida, impactando a percepção sobre prazer e relações sexuais.
A pornografia muitas vezes perpetua estereótipos de gênero e padrões de comportamento problemáticos, influenciando qualidades de autoimagem e dinâmicas de poder nos relacionamentos. É crucial uma reflexão sobre o papel da pornografia na sociedade e suas consequências para a educação sexual. Você já pensou sobre isso? Compartilhe sua opinião conosco.
Reflexões sobre Pornografia e Educação Sexual
Você se lembra quais foram as suas primeiras referências de aprendizagem sobre sexo e sexualidade?
Livros? Aulas? Palestras na escola? Diálogos com algum familiar? Conversas entre amigos?
E os filmes pornográficos ou conteúdo adulto erótico, também fizeram parte desse processo?
Um estudo realizado em 2018, pelo Quantas - Pesquisas e Estudos de Mercado, solicitado pelo canal a cabo Sexy Hot, divulgou que cerca de 22 milhões de pessoas assumem consumir conteúdo pornográfico no Brasil, dentre esse número, 76% são homens e 24% são mulheres, a maioria com faixa etária de 18 a 34 anos.
Dados como esses mostram um alto número de jovens com acesso irrestrito a esse tipo de material sem compreender completamente como ele molda o conhecimento e no preparo em lidar de maneira saudável e responsável.
A indústria pornográfica tem gerado um debate acalorado nas últimas décadas, uma vez que esse tipo de conteúdo retrata uma realidade irreal e exagerada sobre s&x0, que geram grandes impactos e efeitos negativos no imaginário coletivo, na construção dos corpos e nas relações afetivas.
A pornografia tem a finalidade de despertar sexualmente seu público, porém em muitos casos, ela distorce a percepção sobre o prazer e as relações sexuais; diminui as formas e possibilidades de olharmos e explorarmos o campo da sexualidade; negligencia aspectos emocionais e mentais em nome do “prazer”; gerando uma preocupação significativa na vida das pessoas consumidoras desse tipo de conteúdo.
Além disso, a pornografia pode perpetuar estereótipos de gênero e padrões de comportamento sexual problemáticos. Muitas vezes, as mulheres são objetificadas e reduzidas a meros objetos de prazer masculino, enquanto os homens são retratados como dominantes, violentos e agressivos. Essas representações influenciam negativamente a maneira como as pessoas percebem seu próprio corpo e seu papel em um relacionamento, contribuindo para dinâmicas sociais prejudiciais de poder e desigualdade.
É importante sabermos analisar e ponderar o papel da pornografia em nossa sociedade, pois ao mesmo tempo em que ela pode desempenhar um papel na livre expressão da sexualidade para alguns adultos, suas consequências são potencialmente prejudiciais e promovem uma deseducação sexual baseada na desvalorização do respeito mútuo, do consentimento e do bem-estar emocional das pessoas envolvidas.
Você já tinha parado para fazer uma reflexão sobre isso? Compartilhe com a gente a sua opinião.
INSTITUTO SE TOQUE
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